Fui dar uma volta e acabei por ficar rendido às evidencias. O carro estava em condições de originalidade aceitável, chaparia muito aceitável (com excepção de um ou outro ponto de ferrugem que vou ter que cuidar), embora uma instalação eléctrica de bradar aos céus, tudo funciona, interiores muito bons e completamente originais.
Comprei...
Ainda ontem, depois de pagar e tratar da papelada toda (registo de propriedade, seguros e afins), fui dar uma voltinha rápida de 30 km, para me habituar à caixa autostick. Fui de Mafra até a Ericeira, viagem que me deixou completamente descansado com a compra que fiz, condução muito aceitavel (já tinha termo de comparação com um cabrio do dia anterior) e a condução é simplesmente perfeita, as "mudanças", meias manuais meias automáticas (Autostick) funcionam muito bem, é dificil habituação, devido a não ter pedal de embraiagem, mas depois de lhe dar com o jeito, foi tudo muito mais fácil... mesmo MUITO. Como a segunda (ou terceira) mudança é muito longa, o carro consegue ser silêncioso (??) e a 120 km/h dá para sussurrar e ouvir.
Durante esta primeira viagem de teste, deu para entender que sobe bem qualquer subida na mudança L (ou primeira), e que a 1º mudança (ou segunda), é a mudança para todos os lados.
Deixo aqui algumas fotos da primeira viagem:
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Depois desta pequena viagem, fiquei descansado mesmo sabendo que estamos a falar de um PRINCESA de garagem. Hoje tinha uma longa maratona para fazer entre Mafra e Águeda (300 km), que estava a espera de fazer sem grandes problemas.
Existe um detalhe neste carro que me irrita e que eu tenho que corrigir ainda esta semana, o manometro do combustível está colado (avariado??) e necessito de um novo. Com este detalhe, decidi atestar à saida de Mafra e parar 100 km depois para voltar a atestar para saber a média aos 100 km (em litros) para saber o que podia contar a nivel de combustivel.
Os primeiros 99 km entre Mafra e a área de serviço da Nazaré correram maravilhosamente, sempre a rodar sem problemas entre os 100 e os 130 km/h, sem grande esforço, tendo carregado a fundo apenas uma vez onde cheguei com relativa facilidade aos 140 km/h. Quando vinha já muito perto (30-40 metros, já na faixa de desaceleração) da área de serviço da Nazaré o carro perdeu subitamente força e largou fumo branco durante alguns metros (até ás bombas). Notei logo que era a falta de um cilindro, tanto devido á falta de força como ao ruido que o motor começou a fazer (parecia que estava descalibrado ou com um balanceamento muito manhoso).
Depois de atestar o carro (fez uma média de 8 litros ao 100) ainda dei uma voltinha pela área de serviço para ver o que se passava com o carro e não tinha força NEM largava fumo branco. Estava obviamente em 3 (ou 2) cilindros. Sem ferramentas tirei os cabos das velas, e parece que não mudou nada (tirei de todos os cilindros, à vez) e o motor parece que não mudava de atitude (o barulho de um motor boxer desequilibrado).
Sem chaves, nem velas a um sábado à hora de almoço, sem querer arriscar fazer 200 km em 3 (ou 2) cilindros decidi chamar o reboque.
Pela conversa que tive com o mecânico ao telemóvel ele disse que tanto pode ser uma vela queimada como uma cabeça partida. Mas, depois de saber que era uma que o carro era princesa de garagem e exposição apostou que era uma válvula pifada por falta de uso que não aguentou uma viagem relativamente longa. Pois, não sei... pode ser os segmentos?
Infelizmente, o reboque só chega até 72 h em dias úteis depois da avaria, por isso só lá para quarta é que tenho o carro outra vez.
Por um lado estou triste, por outro penso que posso aproveitar esta oportunidade para tirar o motor e rectificar de ponta a outra. Vou-me enfiar no mecânico e tentar entender o máximo sobre o carro e a respectiva mecânica (que é bastante simples e barata).
Gostava de saber a vossa opinião de o que poderá ter acontecido?


